Catolé do Rocha - Paraíba

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ah... Se eu soubesse falar!

Da Redação

Ah... Se eu soubesse falar!

Sei latir, deitar, rolar, pular, correr e brincar. Só não sei falar. Muitas vezes lato, mas parece que ninguém me escuta. Será que não percebem que estou latindo só pra te chamar atenção. Pois é a única arma que deus me deu para reivindicar pelos meus direitos.

Ah... Se eu soubesse falar!

Pediria para que me dessem comida quando a fome apertasse. Ou me dessem um pouco de água quando, neste sol causticante, a sede apertasse. Ou me dessem banho para eu me refrescar do forte calor que nas ruas há.

Ah... Se eu soubesse falar!

Pediria que não me jogassem na rua ou me largassem nas calçadas. E que não me chutassem ou jogassem pedras como se eu estivesse fazendo algum mal, pois não tenho culpa de ter nascido e não ter um lar.

Só queria ter o privilégio de ter um dono, um lar, alguém para me dar carinho em troca de carinho.

Alguém que caminhasse comigo, alguém que me desse atenção, que me levasse para casa e aí sim, eu pudesse ficar protegido da chuva, do sol, do calor e do frio.

Ah... Se eu soubesse falar! 

Pediria a Deus que me ajudasse a esse mundo suportar e que um dia, eu e todos os meus amigos, sejam gatos ou cães, pudessem ter um lar. 

Ah... Se eu soubesse falar! 



Claudimar Carreiro
Catolé do Rocha, 30 de agosto de 2013.



Oi pessoal, boa noite.

Esse belíssimo texto emocionante foi escrito por um dos nossos membros. 

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