Cirurgiões militares que servem nas Forças Armadas Britânicas participam de uma formação médica controversa na qual suínos são feridos por atiradores, para que os médicos possam praticar como seria a cirurgia no campo de batalha. Os profissionais são enviados à Dinamarca para operar no animal vivo – que é amarrado e baleado por atiradores treinados – enquanto ele ainda está respirando. As informações são da ONG PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) e do Daily Mail.
Fotos obtidas pelo grupo de proteção animal PETA, mostram os porcos sendo atingidos por um fuzil AK-47 ou uma pistola 9mm. O curso The Definitive Surgical and Trauma Care (DSTC) ocorre na área de treinamento da OTAN em Jaegerspris, a 30 km da capital dinamarquesa Copenhague.
Os sedativos são primeiramente misturados na comida dos porcos e quando eles caem no sono, um veterinário administra um anestésico. No campo de tiro, círculos são desenhados em seus corpos. Atiradores, então acertam o alvo – os tiros mutilam, mas não matam os animais que são levados em uma maca para a sala de operação, onde os cirurgiões tratam as suas feridas em uma simulação de como soldados são atendidos.
Ativistas de direitos animais descrevem o exercício como cruel e apelam ao Ministro da Defesa pelo fim desse tipo de treinamento, mas ele defende a prática, que é ilegal no Reino Unido sem a autorização prévia concedida pelo Ministério do Interior (que é feita caso por caso). A PETA diz que 80% dos aliados da OTAN já não usam animais em exercícios para médicos militares.
A ONG acrescenta que “23 dos 28 países da OTAN – a Albânia, Bélgica, Bulgária, Croácia, República Tcheca, Estônia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha e Turquia – confirmaram que não utilizam animais para a formação médica militar. Esta é uma evidência clara de que os métodos substitutivos para a formação de médicos militares estão disponíveis e são utilizados em todo o mundo.”
Fonte: ANDA
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