Oito filhotes de cachorro foram forçados a comer uns aos outros para tentar sobreviver depois de terem sido trancados por seus tutores em uma cozinha, onde acabaram morrendo de fome. Apesar do caso chocante de crueldade contra animais em Leicester, na Inglaterra, Sam Hessin, 40, e seus dois filhos, Damon, 22, e Hazel, 18, não foram presos. As informações são do Daily Mail.
Imagens divulgadas pela Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA) mostram os corpos dos cães em decomposição e em meio a fezes, dentro da casa. A família Hessin isolou os oito animais – que tinham cerca de seis meses de idade – no térreo da casa porque eles estavam mordendo-os e eles não sabiam mais o que fazer.
Os cães foram encontrados em situação deplorável.
A família abandonou os animais em um cômodo no térreo da casa
Damon Hessin e sua irmã Hazel foram proibidos de manter animais pelo resto da vida depois de terem deixado oito filhotes morrerem de fome.
Demon Hassin e Hazel nunca mais poderão cuidar de animais durante sua vida.
O promotor Kevin McCole disse: “O cheiro era quase insuportável e havia muitas fezes. É provável que o lugar não tenha sido limpo por meses ou mesmo anos. Ficou claro que os filhotes haviam sofrido e teria sido óbvio que eles estavam mal e precisavam de ajuda. Alguns podem ter vivido mais por terem comido outros”.
Sam Hessin recebeu uma sentença de prisão de 18 semanas que, após sua presença no tribunal, foi suspensa por 12 meses.
Vizinhos relataram terem ouvido os cães uivando durante a noite. Um deles disse: “Essa família deveria estar na cadeia agora, e não desfilando por aí como se nada tivesse acontecido. É simplesmente horrível como eles torturaram esses pobres cães. As pessoas muitas vezes ouviam os animais chorando à noite, mas ninguém imaginava que era porque eles estavam morrendo. Um amigo meu viu os oficiais da RSPCA saírem da casa, quando eles a invadiram, e havia homens grandes chorando pelo estado do lugar. A sentença dos Hessin foi leve. Eles se safaram”.
Damon e Hazel foram proibidos de manter animais pelo resto da vida depois de admitirem ter causado sofrimento para os oito cães. A mãe deles os proibiu de ir para a cozinha e eles passaram a usar a sala de estar para cozinhar suas refeições.
Sam foi obrigada a realizar trabalhos não remunerados por 200 horas, além de pagar uma multa de 80 libras em uma audiência no tribunal. Ela também foi proibida de manter animais pelo resto da vida.
Damon Hessin foi condenado a uma pena de 12 semanas de prisão, suspensa por 12 meses, e obrigado a 180 horas de trabalho não remunerado. No mesmo dia, Hazel Hessin recebeu uma sentença de oito semanas de prisão, suspensa por seis meses, e foi condenada a frequentar um curso de formação de 10 dias. Ambos tiveram que pagar 180 libras pelos custos judiciais e uma multa de 80 libras.
Ação da RPSCA
O tribunal ouviu funcionários da RSPCA que invadiram a casa no dia 1 º de maio, depois de uma denúncia da proprietária do imóvel. Os investigadores ficaram chocados ao encontrar os restos em decomposição dos cães, isolados na cozinha pela família. Quando a inspetora da ONG, Deb Scotcher, entrou no local, ela encontrou seis filhotes de Staffordshire Bull Terrier mortos no chão, e investigações levaram à descoberta de dois crânios de filhotes.
Os cães tiveram que comer uns aos outros para sobreviverem.
promotor Kevin McCole disse aos magistrados: “Quando a inspetora entrou na cozinha, o cheiro era rançoso e podre. Para seu horror, ela viu que os filhotes estavam em estágio avançado de decomposição, em uma cama manchada de urina. A camada de fezes tinha vários centímetros de espessura e tudo estava em um estado de desordem total. O veterinário estimou que os filhotes teriam cerca de seis meses de idade quando morreram. A visão e o cheiro deles foi chocante e profundamente angustiante”.
Roger Wood, presidente dos magistrados, disse aos irmãos: “Se isso fosse um julgamento, vocês dois iriam para a prisão”.
Depois do ocorrido, Deborah Scotcher disse: “A sentença foi muito apropriada. Foi um caso horroroso, o pior que eu já vi. Eu nunca vou esquecer”.
Fonte: ANDA
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